call of duty black ops 2
call of duty black ops 2


Call of Duty: Black Ops 2

 

X360 PS3 PCs WiiU 
, 2012 
Ação Activision

Bom
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

É hora de jogar a toalha e admitir: o jogo de tiro em primeira pessoa já era enquanto experiência narrativa. Call of Duty: Black Ops 2, novo capítulo da maior franquia dos "fps", tem a pior campanha em anos de qualquer jogo do gênero. Superficial, desinteressante e mais preocupada em criar novas (e furadas) mecânicas do que em efetivamente gerar qualquer interesse pelos seus protagonistas ou uma história que fuja do óbvio.

O novo episódio da série especializada em operações especiais deixa um pouco de lado os fatos políticos da primeira interação e oferece duas campanhas paralelas em momentos diferentes do tempo. Nela, um velho soldado relembra fatos de sua vida ao filho de seu antigo parceiro, que atua no mesmo caso, 45 anos depois. Dessa maneira, misturam-se de certa forma as duas grandes séries da Activision - Black Ops Modern Warfare.

O péssimo desenvolvimento da história e seus personagens prejudica a campanha, que se agarra a novidades mal-executadas, como as histórias ramificadas, nas quais escolhas (ou simplesmente os fracassos) do jogador influenciam a missão corrente e o rumo da história. Outra novidade equivocada são as missões "Strike Force", em que o jogador deve operar como um comandante, controlando soldados, veículos aéreos não-tripulados, caças e robôs. Opcionais, essas campanhas - que funcionam muito, muito mal em termos de controles e visualização -, também podem alterar os rumos da nova Guerra Fria.

Há também um retrocesso em termos do jogo assumir o controle em cenas-chave e as missões stealth serem invertidas (normalmente é o NPC que acompanha o jogador e não o contrário). Em Call of Duty: Black Ops 2, basta seguir o líder que tudo ficará bem. Ao menos o game arrumou o maior de seus problemas: antes bastava cruzar a linha de objetivo para que seu esquadrão avançasse e um novo momento do game fosse iniciado. Aqui é realmente necessário acabar com os oponentes adiante.

De qualquer maneira, deve-se lembrar que, apesar do fracasso, o simples fato da desenvolvedora Treyarchbuscar alguma novidade em termos de campanha já é algo muito diferente do que vem acontecendo nos últimos anos, em que desenvolvedoras limitaram-se a repetir fórmulas. Tentar e errar é melhor do que simplesmente realizar o mesmo game ano após ano. E o jogo até que tem seus momentos... a invasão russa ao Afeganistão (famoso confronto em que os EUA armaram os Mujahidin, guerrilheiros que mais tarde se tornariam o Talibã) é simplesmente divertida demais pelas surrealistas sequências com lança-foguetes a cavalo.

Visualmente e em termos da mecânica básica dos FPS, a série continua extremamentecompetente. Toda a sequência em uma cidade (inexplicavelmente) inundada é belíssima - com ótimos efeitos d´agua - e ótima de jogar, com o apoio de robôs que parecem mini-andadores AT-AT de Star Wars.